segunda-feira, 21 de maio de 2012

Saiba mais sobre "Meninos Não Choram" e "Elefante" - os filmes da semana passada!

    Conheça um pouco mais dos filmes exibidos na semana passada no Curso: "Meninos Não Choram" (Cinema em sala de aula) e "Elefante" (Sessão Só para Cinéfilos), dois filmes baseados em fatos reais.
                                             


Sobre "Meninos Não Choram":

     Boys Don't Cry (br: Meninos Não Choram / pt: Os Rapazes Não Choram) é um filme norte-americano de 1999, um drama dirigido por Kimberly Pierce e com roteiro baseado na história real de Brandon Teena.
  • Principais prêmios e indicações:
Oscar 2000 (EUA)



Venceu na categoria de melhor atriz (Hillary Swank).
Indicado na categoria de melhor atriz coadjuvante (Chloë Sevigny).
Globo de Ouro 2000 (EUA)



Venceu na categoria de melhor atriz (Hillary Swank).
BAFTA 2001 (Reino Unido)



Indicado na categoria de melhor atriz (Hillary Swank).

(Fonte: Wikipedia)
  • Brandon Teena:
     Brandon Teena é um dos mais famosos transgêneros dos nossos dias. Sua história ainda não é conhecida do grande público no Brasil, mas ela/ele se tornou um ícone pelo reconhecimento da identidade sexual nos Estados Unidos e Europa. Um caso singular de alguém que desenvolveu uma personalidade e uma sexualidade alternativas à sua realidade. E que teve um fim trágico e brutal. A história de Brandon Teena já ganhou duas versões na telona. A primeira em "The Brandon Teena Story", documentário dirigido por Susan Muska e Greta Olafsdottir em 1998. O filme venceu o Teddy Bear no Festival de Berlim, e ainda ganhou como melhor filme no OutFest e no Festival de San Francisco, em 1998. A segunda versão da sua história está no filme "Boys Don´t Cry", de Kimberly Peirce, filme realizado em 1999 e que deve estrear em breve no Brasil. Por este filme, a atriz Hilary Swank ganhou este ano o Globo de Ouro de melhor atriz dramática, interpretando Brandon Teena.
     Ela nasceu como Teena Brandon em Lincoln, Nebraska. Em 1993, aos 20 anos, mudou-se para a vizinha Humboldt, e já então vivia o tempo inteiro disfarçada de homem, usando o nome de Brandon Teena, preparando-se para a sonhada mudança de sexo. 
     Passou como homem em Humboldt tranquilamente, até o momento em que a polícia local investigou sua identidade e descobriu que Brandon era uma garota. A polícia divulgou a descoberta no Falls City Journal, o jornalzinho local. Uma semana depois, no Natal de 1993, Brandon foi agredida e estrupada por dois rapazes que ela identificou para a polícia como sendo Thomas Nissen e John Lotter, seus amigos.
     Uma atitude de coragem de Brandon, pois seus dois agressores haviam ameaçado-a de morte caso contasse o incidente à polícia. E infelizmente a ameaça foi cumprida. Tudo porque, após a denúncia de Brandon à polícia, nada foi feito e os acusados não foram presos. A irmã de Brandon, Tammy Brandon, foi ao xerife do condado, Charles B. Laux, indagar porque a dupla de agressores não havia sido presa, já que Brandon Teena havia identificado-os como sendo os agressores. A resposta do xerife foi que "ele não precisava da ajuda dela" (Tammy).
     O xerife afirmou estar perseguindo a dupla de agressores no momento do assassinato de Brandon. No entanto, rumores dão conta de que ele na verdade abafou o caso e evitou prender os dois, para evitar um escândalo na cidade durante as eleições. O xerife Laux se reelegeu em novembro de 1995.
A polícia como sempre se eximiu de culpa, dizendo que terem divulgado a verdadeira identidade de Brandon nos jornais nada teve a ver com seu assassinato. A irmã de Nissen, um dos culpados, afirmou que Nissen e Lotter haviam ficado enraivecidos ao saberem do caso. Não podiam conceber que Brandon tivesse vivido todo o tempo "disfarçada" de homem, e ainda por cima namorando uma garota, Lana Tisdale.
     Leslie Feinberg, membro do New York City Gay and Lesbian Anti-Violence Project, foi convocada pela Justiça Americana para investigar o caso, já que Brandon pode ter sido vítima de negligência das autoridades locais, que negaram apoio e não prenderam de imediato os agressores; caso tivessem feito isto, Brandon ainda poderia estar viva.
     O caso provocou grande comoção pública e protestos e manifestações de ativistas transsexuais, militantes e grupos defensores dos direitos humanos.
    A opinião pública pedia um julgamento para os culpados. O veredito foi dado em fevereiro de 1996: John Lotter foi condenado à pena de morte, e Thomas Nissen à prisão perpétua. As garotas que namoraram Brandon ficaram todas espantadas ao descobrirem sua verdadeira identidade.
     Ninguém nunca havia desconfiado, e Brandon era o namorado perfeito: compreensivo, doce, e mandava flores para suas namoradas. Em depoimento à polícia, quando denunciou seus agressores, Brandon parece muito nova, insegura e carente. E diz: "Eu tenho uma crise de identidade sexual". A história de Brandon torna-se ainda mais desconcertante quando se percebe as contradições presentes na ignorância e no preconceito. Após estuprá-la, um de seus agressores perguntou a ela: "Continuamos amigos?". Sua última namorada, Lana Tisdale, afirmou por sua vez que continuou amando Brandon, mesmo depois de tudo.

(Fonte: Blog As melhores coisas da vida)






Sobre "Elefante":

    Elephant (br: Elefante) é um filme norte-americano de 2003 realizado por Gus Van Sant. No Festival de Cinema de Cannes do mesmo ano, Gus Van Sant ganhou o prémio de Melhor Realizador e o filme foi o vencedor da Palma de Ouro. O filme é inspirado no Massacre de Columbine.
    Em primeiro lugar, é preciso esclarecer o título do filme. Uma inspiração crucial para Gus Van Sant foi o documentário homônimo feito por Alan Clarke em 1989, que se passa em período e local (Irlanda do Norte) diferentes, mas que também trata da violência entre os jovens através de uma narrativa picotada. Apesar de Clarke ter assim nomeado seu filme por julgar o problema abordado "tão facilmente ignorável quanto um elefante na sala de estar", Van Sant inicialmente achou que o título se referia a uma antiga parábola budista sobre um grupo de cegos examinando diferentes partes de um elefante. Nessa parábola, cada cego afirma convictamente que compreende a natureza do animal com base tão-somente na parte que lhe chega ao tato. Ninguém vê ou sente o objeto na sua totalidade, mas todos arriscam um palpite totalizante – e, naturalmente, equivocado. Mesmo após ter descoberto o verdadeiro motivo pelo qual o documentário de Alan Clarke se chama Elephant, Van Sant afirma que o seu filme, rodado numa high-school situada em Portland, tem mais a ver com a parábola dos cegos.

(Fonte: Wikipedia)


  • Massacre de Columbine:

    O massacre de Columbine aconteceu em 20 de abril de 1999 no Condado de Jefferson, Colorado, Estados Unidos, no Instituto Columbine, onde os estudantes Eric Harris (apelido ReB), de 18 anos, e Dylan Klebold (apelido VoDkA), de 17 anos, atiraram em vários colegas e professores.
    Eric Harris e Dylan Klebold eram aparentemente adolescentes típicos de um subúrbio americano de classe média alta. Moravam em casas confortáveis. O pai de Klebold é geofísico, e a mãe, especialista em crianças deficientes.
    Harris e Klebold deixaram uma nota, encontrada perto dos corpos: "Não culpem mais ninguém por nossos atos. É assim que queremos partir". Faltavam apenas 17 dias para o fim do ano letivo. Com 1.965 alunos, Columbine é tão boa que muitas famílias se mudaram para Littleton, perto de Denver, com o objetivo de matricular os filhos na escola. 82% de seus alunos são aceitos em universidades (nos Estados Unidos não há vestibular, o que conta é o desempenho do aluno no segundo grau).
    Columbine também se orgulhava de não registrar casos de violência. O policial de plantão se limitava a multar alunos que estacionavam os carros nas vagas destinadas a professores. Não há, como nas escolas de Nova York, Los Angeles e Chicago, detectores de metais na entrada. Nas festas de formatura, os alunos costumavam aceitar o pedido dos pais para vedar bebidas alcoólicas. Columbine era famosa por ser conservadora e privilegiar os jogadores dos times de futebol americano, basebol e basquete. Foi esse o estopim da tragédia.
Dylan KleboldEric David Harris (VIDEO CAPTURE)  Eric Harris (L) points out a sawed-off shotgun held by friend Dylan Klebold at a makeshift shooting range March 6, 1999 in Douglas County, CO in this image from video released by the Jefferson County Sheriff's Department. Approximately six weeks after this video was made, Klebold and Harris killed 13 people at Columbine High School in Littleton, CO in the worst school shooting in U.S. history. Some of the weapons seen in the video were used in the shooting.    Harris e Klebold, ótimos alunos de boas famílias, não eram populares na escola. Preferiam os computadores aos esportes. Encontraram a sua turma num grupo chamado a Máfia da Capa Preta. Ridicularizados pelos atletas, remoíam planos de vingança e extravasavam seu ódio na Internet. Harris, principal cabeça por trás do ataque, tinha um website, agora desativado, no qual colecionava suásticas e sinistros vídeos neonazistas e até dava receitas para a fabricação de bombas. Em seu auto-retrato, escreveu: "Mato aqueles de quem não gosto, jogo fora o que não quero e destruo o que odeio". Já Klebold dizia que seu número pessoal era "420", possivelmente uma referência à data de nascimento de Hitler, 20 de Abril.
    Os diários dos jovens foram encontrados, mas ainda não se chegou a uma conclusão sobre o motivo do ataque. «Não eram rapazes comuns que foram importunados até retaliarem», escreveu o psicólogo Peter Langman no seu livro, "Why Kids Kill: Inside the Minds of School Shooters" ("Por que Crianças Matam: Dentro das Mentes dos Atiradores Escolares") «Não eram rapazes comuns que jogavam jogos de videogame demais», «Não eram rapazes comuns que queriam apenas ser famosos», «Eles simplesmente não eram rapazes comuns», «Eram rapazes com problemas psicológicos sérios».
    No seu diário Harris mostrava toda a sua revolta e seu "desejo de ser Deus", enquanto Klebold mostrava grande depressão. Harris escreveu certa vez: "Eu me sinto como Deus, e gostaria que fosse assim, para que todos estivessem OFICIALMENTE abaixo de mim" Enquanto Klebold escreveu "Eu sou um deus, um deus da tristeza"
    É dito que no dia do ataque, Harris usava uma camisola escrita Natural Selection (Selecção Natural) e Klebold uma escrita «Wrath» (Ira/Raiva).
    A socióloga de Princeton, Katherine Newman, co-autora do livro de 2004, "Rampage: The Social Roots of School Shootings" ("Violência: As Raízes Sociais dos Tiroteios em Escolas"), disse que jovens como Harris e Klebold não eram solitários, eles apenas não eram aceitos pelos garotos que importavam: «Obter atenção ao se tornar notório é melhor do que ser um fracassado».
     Langman, cujo livro traça o perfil de 10 atiradores, incluindo Harris e Klebold, descobriu que nove sofriam de depressão e pensamentos suicidas, uma combinação "potencialmente perigosa", disse ele. «É difícil impedir um assassinato quando os assassinos não se importam em viver ou morrer. É como tentar deter um homem-bomba».

Saiba mais sobre esse caso neste link.




Fontes das imagens: rememberbrandonteena.webs.com, rollercoasterphilosophy.com, toutlecine.com, nealbinnyc.wordpress.com, myspace.com, dvdverdict.com, tehparadox.com, visoesepercepcoes.blogspot.com, surgicalreality.blogspot.com, zimbio.com.

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