quarta-feira, 18 de maio de 2011

Belém recebe a exposição “Hélio Oiticica – Museu é o Mundo”

Obras de um dos mais importantes artistas brasileiros estarão em seis instituições na cidade
Chega a Belém a exposição “Hélio Oiticica – Museu é o Mundo”, com obras e filmes de Hélio Oiticica, um dos artistas brasileiros mais pesquisados e exibidos mundo afora. A mostra será apresentada no Museu Histórico do Estado do Pará, no Museu do Forte do Presépio, na Estação Docas, no Fórum Landi, na Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (CENTUR) e no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. A exposição tem apoio da Universidade Federal do Pará (UFPA), Alliaz, Foco e Secretaria de Cultura do Estado do Pará.
A maior parte das obras vem do acervo de César e Claudio Oiticica, e reúne raridades como seus famosos Metaesquemas, os desenhos do período neoconcreto, guaches, uma calça feita para a Mangueira, além de Bólides e Penetráveis. Com curadoria de Cesar Oiticica Filho, Fernando Cocchiarale e Wagner Barja, a mostra cobre todos os períodos da produção do artista. A mostra é uma itinerância da exposição realizada em março (no Itaú Cultural, em São Paulo), em setembro (no Rio de Janeiro), e em dezembro (em Brasília), mas adquire um contorno especial em cada cidade que passa.
A exposição traz ainda raríssimos penetráveis, obras monumentais de Hélio Oiticica [1937-1980], como “Tropicália”, de 1967, e “Rijanviera”, de 1979, no Museu Histórico do Estado do Pará; “Macaléia”, de 1978, e “A Invenção da Luz”, de 1978/ 1980, no Museu do Forte do Presépio; “Nas Quebradas”, de 1979, na Estação Docas; e “Rhodislandia”, de 1971, no Fórum Landi. “Éden”, um conjunto de vários ambientes que integrou a primeira exposição do artista em Londres, na White Chapel, em 1969, está na Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (CENTUR) e “Penetrável Gal”, de 1969, no Espaço Cultural Casa das 11 Janelas.
“A exposição tem como objetivo quebrar fronteiras, não só as paredes do museu, mas também ampliar a área de alcance da arte para grandes instalações na rua”, afirmam os curadores. César Oiticica Filho lembra ainda que no final de sua vida, Hélio Oiticica “não se considerava mais um artista, mas um propositor que instigava o artista que existia em cada pessoa”.

Serviço:
“Hélio Oiticica – Museu é o Mundo”
Abertura: 5 de abril, às 19h, no Museu do Estado do Pará.
Em exposição até 5 de junho. Entrada franca.

Estação Docas
O penetrável “Nas Quebradas”, de 1979.
Boulevard Castilho França, s/n. De segunda a domingo de 12h às 24h

Fonte: Estação das docas

Conheça: Marilena Chaui

A professora Eliani Martins enviou aos alunos do Curso o livro "Convite à filosofia" via e-mail, da filósofa Marilena Chaui. Saiba quem ela é.
Uma das grandes filósofas e pensadoras da Filosofia Brasileira, ex-Secretária Municipal de Cultura de São Paulo, de 1989 a 1992, Marilena de Souza Chaui  nasceu na cidade de São Paulo, no dia 4 de setembro de 1941. Ela é filha do jornalista Nicolau Chauí e da professora Laura de Souza Chauí.

Respeitada não apenas por sua obra acadêmica, mas também pela intensa e frequente ação no âmbito intelectual e político brasileiro, ela é também integrante do Partido dos Trabalhadores, instituição que ela ajudou a criar, membro do Diretório Estadual e, depois, do Diretório Municipal do PT. Sua atuação à frente da Secretaria Municipal de Cultura ocorreu na gestão da ex-Prefeita Luiza Erundina. Ela participa igualmente da Comissão Teotônio Vilela.
Sua produção acadêmica conquistou grande êxito, mas alguns de seus trabalhos, escritos em estilo didático e singelo, de fácil compreensão, propiciam seu sucesso também entre as pessoas leigas, desvinculadas do universo acadêmico. Seu livro O que é Ideologia, publicado pela Editora Brasiliense, na Coleção Primeiros Passos, foi recorde de vendas, alcançando a cifra dos cem mil exemplares vendidos.
Marilena é Presidente da Associação Nacional de Estudos Filosóficos do século XVII, Doutora Honoris Causa pela Universidade de Paris VIII e Doutora Honoris Causa pela Universidad Nacional de Córdoba, da Argentina. Atualmente ela desenvolve uma pesquisa sobre A elaboração espinosana de uma ciência dos afetos – ruptura com a tradição da contingência e afirmação da necessidade, dentro da Faculdade de Filosofia da USP. Em sua obra é possível encontrar temas como ideologia, cultura, universidade pública, entre outros. Destacam-se os livros Repressão Sexual, Da Realidade sem Mistérios ao Mistério do Mundo, Introdução à História da Filosofia, Convite à Filosofia, A Nervura do Real, Simulacro e poder, entre outros. Ela é casada com o historiador Michael Hall.

Fonte: InfoEscola