quarta-feira, 13 de maio de 2015

Saiba mais sobre "Meninos não choram"



Meninos não choram é um filme norte-americano de 1999, um drama dirigido por Kimberly Pierce e com roteiro baseado na história real de Brandon Teena.  Meninos Não Choram explora as contradições da identidade e juventude americana através da vida e da morte de Brandon Teena. Através de um caos de desejo e assassinato, surge a história de um jovem americano à procura do amor, de si mesmo e de um lugar para chamar de lar.






















Baseado na história real de Teena Brandon, Boys Don't Cry relata a juventude de um jovem garoto que nasce com um corpo biologicamente feminino, mas identifica-se com o gênero masculino. O filme retrata sua trajetória enquanto homem transexual e os embates que vive diante da sociedade.

Em Falls City, vira Brandon Teena, onde foi um forasteiro que encantou a pequena comunidade rural da cidade do estado de Nebraska. As mulheres o adoravam e quase todos que conheciam esse recém-chegado carismático eram atraídos por sua inocência encantadora. Lá, inicia uma  relação amorosa com Lana; Porém, o personagem mais famoso e amigo fiel da cidade tinha um segredo: ele não era quem as pessoas pensavam ser.
"Quem é você?"

  • Principais prêmios e indicações:
- Oscar 2000 (EUA)Venceu na categoria de melhor atriz (Hillary Swank).
Indicado na categoria de melhor atriz coadjuvante (Chloë Sevigny).
- Globo de Ouro 2000 (EUA)
Venceu na categoria de melhor atriz (Hillary Swank).
- BAFTA 2001 (Reino Unido)
Indicado na categoria de melhor atriz (Hillary Swank).

(Fonte: Wikipedia)

  • Brandon Teena:
Brandon Teena é um dos mais famosos transgêneros dos nossos dias. Sua história ainda não é conhecida do grande público no Brasil, mas ela/ele se tornou um ícone pelo reconhecimento da identidade sexual nos Estados Unidos e Europa. Um caso singular de alguém que desenvolveu uma personalidade e uma sexualidade alternativas à sua realidade. E que teve um fim trágico e brutal. A história de Brandon Teena já ganhou duas versões na telona. A primeira em "The Brandon Teena Story", documentário dirigido por Susan Muska e Greta Olafsdottir em 1998. O filme venceu o Teddy Bear no Festival de Berlim, e ainda ganhou como melhor filme no OutFest e no Festival de San Francisco, em 1998. A segunda versão da sua história está no filme "Boys Don´t Cry", de Kimberly Peirce, filme realizado em 1999 e que deve estrear em breve no Brasil. Por este filme, a atriz Hilary Swank ganhou este ano o Globo de Ouro de melhor atriz dramática, interpretando Brandon Teena.

Ela nasceu como Teena Brandon em Lincoln, Nebraska. Em 1993, aos 20 anos, mudou-se para a vizinha Humboldt, e já então vivia o tempo inteiro disfarçada de homem, usando o nome de Brandon Teena, preparando-se para a sonhada mudança de sexo. 

Passou como homem em Humboldt tranquilamente, até o momento em que a polícia local investigou sua identidade e descobriu que Brandon era uma garota. A polícia divulgou a descoberta no Falls City Journal, o jornalzinho local. Uma semana depois, no Natal de 1993, Brandon foi agredida e estrupada por dois rapazes que ela identificou para a polícia como sendo Thomas Nissen e John Lotter, seus amigos.

Uma atitude de coragem de Brandon, pois seus dois agressores haviam ameaçado-a de morte caso contasse o incidente à polícia. E infelizmente a ameaça foi cumprida. Tudo porque, após a denúncia de Brandon à polícia, nada foi feito e os acusados não foram presos. A irmã de Brandon, Tammy Brandon, foi ao xerife do condado, Charles B. Laux, indagar porque a dupla de agressores não havia sido presa, já que Brandon Teena havia identificado-os como sendo os agressores. A resposta do xerife foi que "ele não precisava da ajuda dela" (Tammy).

O xerife afirmou estar perseguindo a dupla de agressores no momento do assassinato de Brandon. No entanto, rumores dão conta de que ele na verdade abafou o caso e evitou prender os dois, para evitar um escândalo na cidade durante as eleições. O xerife Laux se reelegeu em novembro de 1995.
A polícia como sempre se eximiu de culpa, dizendo que terem divulgado a verdadeira identidade de Brandon nos jornais nada teve a ver com seu assassinato. A irmã de Nissen, um dos culpados, afirmou que Nissen e Lotter haviam ficado enraivecidos ao saberem do caso. Não podiam conceber que Brandon tivesse vivido todo o tempo "disfarçada" de homem, e ainda por cima namorando uma garota, Lana Tisdale.

Leslie Feinberg, membro do New York City Gay and Lesbian Anti-Violence Project, foi convocada pela Justiça Americana para investigar o caso, já que Brandon pode ter sido vítima de negligência das autoridades locais, que negaram apoio e não prenderam de imediato os agressores; caso tivessem feito isto, Brandon ainda poderia estar viva.

O caso provocou grande comoção pública e protestos e manifestações de ativistas transsexuais, militantes e grupos defensores dos direitos humanos.

A opinião pública pedia um julgamento para os culpados. O veredito foi dado em fevereiro de 1996: John Lotter foi condenado à pena de morte, e Thomas Nissen à prisão perpétua. As garotas que namoraram Brandon ficaram todas espantadas ao descobrirem sua verdadeira identidade.
Ninguém nunca havia desconfiado, e Brandon era o namorado perfeito: compreensivo, doce, e mandava flores para suas namoradas. Em depoimento à polícia, quando denunciou seus agressores, Brandon parece muito nova, insegura e carente. E diz: "Eu tenho uma crise de identidade sexual". A história de Brandon torna-se ainda mais desconcertante quando se percebe as contradições presentes na ignorância e no preconceito. Após estuprá-la, um de seus agressores perguntou a ela: "Continuamos amigos?". Sua última namorada, Lana Tisdale, afirmou por sua vez que continuou amando Brandon, mesmo depois de tudo.

(Fonte: Blog As melhores coisas da vida)


  • Assista ao trailer do filme:


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