Nesta onda de assassinatos de ambientalistas recente, por que não lembrar de Chico Mendes?
Chico Mendes - O Preço da Floresta (2008) é o filme exibido nesta semana no Curso Livre de Redação.
Chico Mendes era visto pelos poderosos no Brasil como um estorvo, como um terrorista, como um guerrilheiro, mesmo sem nunca ter pegado numa arma e sempre ter pregado a paz. Frequentemente pessoas como ele são assassinadas no Brasil por pessoas nunca chamadas de terroristas.
Foi morto por representar um empecilho ao pensamento atrasado dos latifúndiários pecuaristas e dos madeireiros, ou seja, pelo impedimento de se destruir a floresta. Muitas de suas idéias à frente de seu tempo, hoje são realidade, como o desenvolvimento e manejo sustentável de madeira da Amazônia, as cooperativas que agregam valor a produtos da floresta. Hoje graças a ele, inúmeras reservas extrativistas foram criadas no Brasil e tem o tamanho maior que Portugal.
Chico Mendes conseguiu junto ao Banco Interamericamo de desenvolvimento, na condição de seringueiro, o cancelamento do investimento da Transamazônica, projeto dos militares que acabaria de vez com a floresta.
Apesar de não ser conhecido no Brasil, ele era figura renomada na Europa e América do Norte, inclusive recebendo o maior prêmio da ONU em proteção ambiental. A sua morte só foi passada aqui por ter sido noticiada antes no mundo inteiro.
Vale muito a pena ver a história dessa luta e o legado que Chico Mendes deixou para Xapuri, para a Amazônia, para o Brasil e para o Mundo.
(comentário original: docverdade)
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